O Sururu de Praia da Ilha dê Fernando de Noronha no Olhar do Chef Marcos Lôbo,
O Sururu dê Praia da Ilha de Fernando de Noronha no Olhar do Chef Marcos Lôbo,
Em 27 de setembro de 2024, o chef Marcos Lôbo trouxe à luz um ingrediente singular e pouco valorizado na gastronomia local: o sururu de pedra, encontrado nas águas de Fernando de Noronha. Essa iguaria, muitas vezes ignorada tanto pelos chefs quanto pelos pescadores da região, apresenta um desafio não apenas em sua captura, realizada durante a maré baixa, mas também no seu preparo. O processo envolve habilidades na coleta, cocção e limpeza desse molusco bivalve, pertencente à família Mytilcidae, comumente conhecido como sururu-de-alagoas ou alastrim em outras regiões do Brasil, especialmente nas lagoas de Manguaba e Mundaú, em Alagoas.
O que chama a atenção do chef Marcos Lôbo para essa iguaria é o sabor único que o sururu de pedra adquire ao se desenvolver em um ambiente marítimo, ao contrário de outros moluscos que crescem em águas lamacentas. Esse diferencial confere um perfil de sabor especial, que poderia ser melhor explorado nas cozinhas da ilha, se devidamente manejado.
Lôbo sugere que um trabalho conjunto entre biólogos e os órgãos públicos poderia possibilitar a implementação de práticas de manejo sustentável para o sururu de pedra. Tal iniciativa poderia beneficiar tanto os pescadores locais quanto os restaurantes da ilha, transformando o sururu em um produto sustentável, gerando renda para a comunidade e ampliando as possibilidades gastronômicas locais.
Além do impacto econômico, o sururu de praia tem sido objeto de estudos científicos que destacam seu valor nutricional. O consumo desse molusco contribui significativamente para a recuperação nutricional de crianças desnutridas, sendo eficaz na redução do déficit estatural e na diminuição da prevalência de anemia, graças às suas propriedades ricas em proteínas e minerais.
Na cozinha, o sururu de pedra oferece uma infinidade de possibilidades criativas. Cada chef pode, com sua imaginação e técnica, transformar esse produto nativo em verdadeiras obras de arte culinária. A visão de Marcos Lôbo ressalta que, com o manejo adequado e o incentivo à produção local, o sururu de praia pode se tornar um ícone da gastronomia sustentável de Fernando de Noronha, contribuindo para a preservação do ambiente e promovendo a economia da ilha.
Dessa forma, o chef convida
não só os cozinheiros, mas também as autoridades locais a enxergarem no sururu
de pedra uma oportunidade de valorizar os recursos naturais da ilha,
proporcionando um futuro sustentável e inovador para a culinária noronhense.
CONTATO
Pesquisador e
Gastrônomo/Chef Marcos Lôbo
Fone / WhatsApp
(81) 99788 6975
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