Artigo cientifico no olhar do Chef Marcos Lôbo sobre; A Civilização Egípcia,

 

A Evolução da Gastronomia nas Civilizações: A Civilização Egípcia

Data: 25/06/2023 – 09:47h

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Resumo

O presente artigo analisa a evolução da gastronomia na Civilização Egípcia, entendendo-a como um marco essencial no desenvolvimento das práticas agrícolas, alimentares e culturais da humanidade. A partir do estudo de Burns (1975), observa-se como os avanços em ciência, matemática, irrigação e agricultura no vale do Nilo transformaram as práticas de subsistência em sistemas organizados de produção de alimentos, estabelecendo as bases da gastronomia ocidental. Destaca-se o papel simbólico de Osíris na agricultura e na cultura alimentar egípcia, bem como a importância da irrigação e do aproveitamento das terras férteis para sustentar a sociedade.

Palavras-chave: Gastronomia; Civilização Egípcia; Agricultura; Irrigação; História da Alimentação.


Introdução

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O Egito, localizado no vale do Nilo, é reconhecido como uma das primeiras civilizações do mundo, desenvolvendo-se antes mesmo das regiões banhadas pelos rios Tigre e Eufrates. Nessa época, os utensílios de pedra foram gradualmente substituídos por utensílios de bronze e outros metais, marcando avanços técnicos significativos (Burns, 1975, p.43). Com a criação de calendários, o surgimento de religiões, do Estado e outras instituições, houve progresso considerável na ciência, no comércio e na indústria.

No contexto deste artigo, não se pretende abordar todos os períodos históricos, mas sim destacar o papel da gastronomia na civilização egípcia e sua relação com o desenvolvimento agrícola, tecnológico e social.


Objetivos

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  • Analisar a evolução da gastronomia na Civilização Egípcia a partir de registros históricos.
  • Compreender o impacto das práticas agrícolas, da irrigação e das estações climáticas na alimentação do povo egípcio.
  • Evidenciar como esses avanços estabeleceram bases para a gastronomia contemporânea.

Desenvolvimento

No quarto milênio a.C., ocorreu a fusão de dois grandes reinos egípcios, um no norte e outro no sul. Esse processo deu início a relações agrícolas mais complexas, sucedendo a fase dos caçadores-coletores de sementes. A permanência no território tornou-se possível com sistemas de irrigação e saneamento de terras pantanosas, garantindo solos férteis e produção agrícola abundante (Burns, 1975, p.43).

A figura de Osíris, central na mitologia egípcia, estava envolta em lendas que ensinavam ao povo técnicas de agricultura e simbolizavam os ciclos das águas do Nilo — retirada no outono e inundação na primavera. Para assegurar a imortalidade, era necessário manter provisões de alimentos para os mortos, pois “dar pão ao faminto e água ao sedento” era visto como uma forma de satisfazer a vontade dos deuses.

O domínio da ciência e da matemática favoreceu o progresso humano, permitindo entender melhor os ciclos agrícolas, as estações climáticas e, por consequência, a produção de alimentos. Ainda que a gastronomia estivesse, muitas vezes, em segundo plano, sua relação intrínseca com a agricultura foi decisiva. Burns (1975, p.70) afirma que o sistema econômico egípcio repousava principalmente numa base agrária, com agricultura variada e grandemente desenvolvida. O solo produzia excelentes colheitas de trigo, cevada, painço, legumes, frutas, linho e algodão.

Após 2000 d.C., a agricultura e a alimentação passaram a ter importância de primeira ordem. O Egito consolidou-se como a primeira civilização a sistematizar a produção de alimentos após a transição dos caçadores-coletores para agricultores. Os registros rupestres e as práticas agrícolas do vale do Nilo são testemunhos do início da gastronomia como atividade humana organizada, integrando ciência, matemática e gestão do território (Burns, 1975).


Conclusão

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A Civilização Egípcia representa um marco fundamental na história da gastronomia. Sua capacidade de transformar o ambiente por meio da irrigação, de dominar técnicas agrícolas e de incorporar esses conhecimentos à cultura religiosa e social proporcionou as bases para a alimentação organizada e para a evolução posterior das sociedades. A relação entre agricultura, ciência e espiritualidade, simbolizada por Osíris, demonstra como os egípcios compreendiam a alimentação não apenas como subsistência, mas como parte integrante da ordem cósmica e social.


Referências

BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental: O Drama da Raça Humana. São Paulo: Globo, 1975.
(Referências no corpo do texto: p.43 e p.70).

 

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